Adjunto e 5 subsecretários que furaram fila podem ser demitidos por Zema
Além do ex-secretário da Saúde de Minas Carlos Amaral, todo o seu gabinete, secretário-adjunto e os cinco subsecretários furaram a fila da vacinação no governo Zema (Novo). A irregularidade foi suficiente para instaurar CPI dos fura-filas na Assembleia Legislativa de Minas e derrubar o secretário titular no mesmo dia. Os outros envolvidos ainda correm risco de perda do cargo.
O então secretário da Saúde Carlos Amaral e o governador Zema, foto Pedro Gontijo/ImprensaMG
São eles, o secretário-adjunto, Luiz Marcelo Cabral Tavares; o chefe de gabinete, João Márcio Silva de Pinho; o chefe do Núcleo de Judicialização em Saúde, Felipe Tristão Silva Netto. E mais cinco subsecretários: Marcilio Dias Magalhães (Políticas e Ações de Saúde), e Juliana Ávila Teixeira (Regulação do Acesso a Serviços e Insumos de Saúde). Os outros três são Janaína Passos de Paula (Vigilância em Saúde), André de Andrade Ranieri (de Inovação e Logística em Saúde) e Darlan Venâncio Thomaz Pereira (Gestão Regional).
Nem todos os 828 estariam irregulares
O Blog do Orion solicitou e teve acesso à lista oficial do governo Zema das 828 pessoas ( veja abaixo) que foram vacinadas na condição de fura-filas, conforme denúncia. Isso não significa, preliminarmente, que todos alistados tenham cometido a irregularidade. Não se pode garantir, mas houve a denúncia e, em seguida, pedido de CPI na Assembleia Legislativa. Por conta disso, o secretário de Saúde, Carlos Amaral, foi demitido.
Em seguida, alguém do governo enviou uma lista inautêntica à Assembleia. O governo foi advertido e, agora, divulgou essa lista, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, oficialmente. nesta sexta (12), à Assembleia Legislativa. Trata-se de listagem com os nomes dos 828 servidores da pasta, ou outros, que receberam a vacina contra o novo coronavírus.
Principal peça da CPI
Essa relação será o ponto de partida dos trabalhos da CPI cujo pedido de constituição foi deferido na Assembleia, na quinta (11). Essa comissão deverá investigar a operacionalização da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, em especial o desvio de recursos referentes à vacinação irregular de grupos não prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.
“No presente momento, não se pode fazer nenhum juízo de valor relativamente à referida listagem, mesmo porque ainda não se sabe quem recebeu a vacina corretamente e quem a tomou de maneira indevida”, antecipa a Assembleia Legislativa.
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