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Conspiração branca tenta afastar Fuad do cargo

Seduzidos, muitos querem o poder a qualquer preço, mesmo fora das quatro linhas. Estão aí para confirmar Bolsonaro e seus 33 seguidores. Ainda assim, o golpismo faz escola, naturalizando a prática condenável. Em Belo Horizonte, por exemplo, a ausência continuada do prefeito Fuad Noman (PSD) tem provocado pressões de políticos pelo afastamento dele.

Vereadores já discutem abertamente a sucessão do prefeito Fuad Noman, foto Dara Ribeiro/CMB


Foram atribuídas ao presidente da Câmara de BH, Juliano Lopes (Podemos), declarações sobre renúncia. Prontamente, ele rebateu dizendo que não falou e que não é golpista. Ainda que contestado, o episódio reproduziu o movimento de bastidores nessa direção e no Legislativo. Essa aflição tem deixado inquieto o vice-prefeito e interino, Álvaro Damião (União), e, principalmente, aqueles que querem vê-lo definitivamente na cadeira.


Para amparar suas teses, exibem versões não oficiais, segundo as quais Fuad não voltará porque teria sofrido danos físicos e psíquicos irreparáveis. Que Fuad ainda não está bem é fato, e as consecutivas renovações da licença de 15 dias soam estranhas. O que importa é que ele é o titular do cargo conquistado democraticamente no 1º e 2º turno. É preciso calma, respeito às leis e humanismo nessa hora. Tudo indica que Fuad não terá as mesmas condições físicas de antes, mas os danos não teriam afetado a capacidade cognitiva. A possibilidade de a cidade ter um prefeito cadeirante será mais um aprendizado para todos do que o fim do mundo.


PBH está livre da Câmara


BH tem tudo para ser bem administrada por Damião, que foi eleito para isso. A prefeitura não depende de projeto a ser aprovado pela Câmara neste ano. Os mais importantes – orçamento, reforma administrativa e investimentos – foram aprovados no final de 2024. Ou seja, a PBH poderá ser gerenciada independentemente da pressão política e do que se passa na Câmara.


Pimentel: interino por 17 meses


Aos mais afoitos, que recorrem a teses convenientes, é preciso lembrar que, em 2001, o então vice-prefeito de BH, Fernando Pimentel (PT), assumiu interinamente durante a doença do titular, Célio de Castro (PT), que havia sido reeleito em 2000. Foi uma interinidade de 1 ano e cinco meses. Em 2003, Pimentel foi confirmado prefeito após a aposentadoria de Célio, que faleceu cinco anos depois. A gestão do interino foi aprovada e ele se reelegeu em 2004, ficando mais quatro anos no cargo.


Até o PL tem cargos na PBH


Pedro Aureliano foi nomeado administrador regional de Venda Nova (Norte) em BH. A indicação é devida a dois padrinhos políticos: a deputada estadual Chiara Biondini (PP) e o PL. Biondini atacou e tentou criminalizar o prefeito Fuad, na campanha, por conta do livro “Cobiça”, de autoria dele, comparando-o à pornografia. Além disso, a deputada e o PL apoiaram o candidato a prefeito derrotado, Bruno Engler. O que diria, ou dirá, o prefeito reeleito caso reassuma o cargo. A governabilidade não poderá ser justificativa, já que esses partidos se mantêm unidos na oposição na Câmara.


Energia solar ou lunar?


Um documento da Cemig enviado a milhares de consumidores contradiz sua nota oficial sobre o bloqueio de usinas celulares no estado. Intitulado “Análise das alternativas de conexão de geração”, o ofício da estatal apresenta cinco opções. “Injeção de potência de forma permanente para 8,8 kW restrita no horário das 19h às 05h (em todos os dias)”, indica a 5ª alternativa. O assunto mobiliza parlamentares estaduais e federais. O federal Lafayette Andrada considerou a medida um absurdo. “Verdadeiro escárnio a Cemig, sob qualquer pretexto, determinar ao consumidor que gere energia solar a partir das 19h”. Sua denúncia foi formalizada em Brasília.


Cemig: inversão de fluxo


Em nota, a estatal diz que a produção de energia solar via geração distribuída acontece durante o dia, com a incidência da luz do sol. Segundo a empresa, há casos de inversão de fluxo, situações quando a rede não suporta a quantidade de energia que recebe. Para os críticos, a gestão atual prioriza interesses dos acionistas privados, que, interessados em maximizar os lucros e perpetuar o controle sobre a empresa, pressionam por distribuições crescentes de dividendos, sem a contrapartida de investimentos e modernização da rede elétrica.


Aula de comunicação


Em baixa, o governo Lula deveria aprender a se comunicar com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite (Stellantis). Durante palestra no Conexão Empresarial da revista “Viver Brasil”, em BH, o executivo elencou feitos que mudariam a imagem negativa da economia do país. O que disse: 1 – A indústria automobilística no Brasil cresceu 14,2% em 2024, registrando a maior venda de veículos da história. Na Europa, foi de pouco acima de 2%. 2 – As divergências políticas não podem travar o desenvolvimento da indústria. 3 – Mesmo com juros altos, o nível de inadimplência foi de só 4%. 4 – O etanol colocou o país em situação confortável, aumentando a sua importância na transição energética (85% da energia produzida aqui é limpa). 5 – A reação do país à taxação de 25% do aço pelos EUA está correta. “O Brasil tem que se preocupar consigo mesmo e enfrentar o custo Brasil”. 6 – A situação do Brasil é diferente dos países que investiram para acelerar a eletrificação dos veículos, com danos ao parque industrial, aumento do desemprego e desequilíbrio na economia.

(*) Publicado no Jornal Estado de Minas

 
 
 

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